O Pró-Brincar no Recreio é uma parceria que existe entre o Pró-Saber SP e a EMEF Prof. Paulo Freire, e tem como objetivo levar brincadeiras e diversão ao intervalo da escola por meio da mediação dos próprios alunos.
Em 2012 recebemos um pedido de ajuda da escola: “Precisamos melhorar o intervalo dos alunos dos 1º e 2º anos”. Havia muitas brigas, guerra de comida, bullying e falta de atividades que mobilizassem os estudantes.
Investimos na formação de um grupo de monitores para atuar no recreio e mudar essa realidade. Chamamos os adolescentes que faziam atividades no Pró-Saber SP e os convidamos para esse projeto inovador e pioneiro na comunidade: (re) aprender as brincadeiras preferidas das crianças para brincar com elas no intervalo escolar. Fomos pular corda, amarelinha, brincar com bambolê e bater bafo. Aprendemos algumas brincadeiras como tubarão, corrida pô, campo minado e queimada israelense.

Ao mesmo tempo em que transformamos o recreio da escola reduzindo os casos de conflitos e machucados, demos a oportunidade aos adolescentes de serem protagonistas da ação. Possibilitamos que eles fossem co-responsáveis pelo planejamento, execução e avaliação do trabalho. Os apoiamos para que desenvolvessem a responsabilidade, a empatia e o espírito do trabalho em grupo.
As crianças ficaram mais felizes na escola, as brigas e xingamentos diminuíram, e os monitores se descobriram capazes de realizar uma mudança significativa na comunidade em que viviam.

Foi um trabalho duplamente lindo e eficiente. Em 2014 o projeto foi premiado pelo Clube Pinheiros, com o Prêmio Semedor do Bem.
Três anos se passaram, e agora recebemos um novo pedido de ajuda da mesma escola: AS CRIANÇAS ESTÃO BRIGANDO MUITO E NÃO TÊM COM O QUE BRINCAR.
Lá fomos nós mais uma vez investir na formação de um grupo capaz de tocar o Pró-Brincar no Recreio. Essa formação foi novamente realizada pelos educadores do Pró-Saber SP. Muitos alunos dos 5º e 6º anos apareceram com o interesse em ajudar a própria escola.
Relembrando as nossas ações do passado para replanejar o projeto de 2016, descobrimos algo maravilhoso e que nos encheu de orgulho e alegria: os alunos empenhados em participar como monitores hoje foram os “beneficiados” pelo projeto em 2012.

Descobrimos que quem usufruiu das brincadeiras quando tinha 7 e 8 anos, agora tem 11 e 12, e quer ajudar os outros alunos menores.
Descobrimos que ao ajudar a escola e os alunos, plantamos sementes de esperança, e hoje estamos colhendo os frutos do nosso trabalho: quem foi ajudado quer ajudar e devolver um pouco daquilo que recebeu.
As sementes de empatia, escuta e acolhimento estão crescendo e nos mostrando que sim, nós somos a mudança que queremos ver no mundo.

Nos próximos posts contaremos sobre o desenrolar do projeto. Acompanhem!