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Desenhando palavras: uma viagem encantadora na sondagem de escrita do Pró Ler & Brincar

Todo ano, acontecem três sondagens e em todas elas cada rabisco possui uma história única de descobertas e crescimento.
Foto de uma criança com folha de papel em frente ao corpo com escritos

Não sou educador. Acho importante deixar isso claro desde o início, pois, embora minha perspectiva seja a de um observador externo, sou cativado a cada instante pelas maravilhas que testemunho nas sondagens do Pró Ler & Brincar. São momentos de descoberta, onde as crianças de 4 a 7 anos se aventuram no universo mágico da escrita, transformando simples símbolos em expressões tão singelas quanto poesias. 

Imerso na atmosfera encantadora do programa, sempre que as imagens das sondagens pipocam no grupo do WhatsApp, me vejo obrigado a interromper minhas tarefas cotidianas para contemplar as pequenas obras-primas que surgem. 

“Nome 

Brigadeiro 

Pipoca 

Bolo 

Chá 

Eu gosto de pipoca” 

Essas palavras, inicialmente apenas traços gráficos em papel, desabrocham como flores em um jardim encantado. Cada curva, cada linha, cada tentativa de registrar pensamentos é um passo no caminho da descoberta; uma jornada que transforma rabiscos em narrativas, revelando mundos escondidos nas mentes inocentes das crianças. 

Assim como a vida, a sondagem é um ciclo constante de transformação. As palavras são como sementes lançadas ao solo, esperando para germinar. A educadora, com sua paciência e disposição, age como a luz do sol, nutrindo o desenvolvimento dessas sementes e ajudando-as a brotar e florescer.

Cada pedacinho de papel preenchido é como um capítulo novo, uma página virada na história única de cada criança. 

Lembro-me de compartilhar com Fernanda, a coordenadora pedagógica, a beleza desse processo natural. Naquele momento, percebi uma leve inquietação nela, compreendendo que o termo “natural” poderia soar como se as crianças estivessem evoluindo sem a orientação dedicada de educadores. Entendo a preocupação, mas para mim o “natural” reside nessa cena harmoniosa da educadora, com carinho e disposição, em uma dança de sinergia e troca constante. Uma dança na qual a criança se sente confiante para traçar seu caminho e a educadora firme como um guia dedicado nessa jornada. 

Cada traço de lápis é um elo, uma conexão entre a criança e a vastidão de possibilidades que a escrita proporciona. É como se cada palavra escrita fosse uma semente plantada no jardim da mente, destinada a crescer e florescer ao longo do tempo. 

Neste jardim de aprendizado, as palavras são as flores que desabrocham, exibindo cores vivas e fragrâncias únicas. A cada nova sondagem testemunhamos a metamorfose das crianças, suas ideias florescendo em um espetáculo de criatividade e autenticidade. Como observador, sou testemunha de uma obra-prima em constante evolução, onde as páginas da escrita se tornam o reflexo de vidas que se desdobram, delicadamente, como pétalas ao vento da aprendizagem.

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