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Diversidade nos dias atuais

No terceiro e último texto dessa série, falo um pouco sobre o momento atual e o como o futuro é desafiador.
Diversidade no mercado de trabalho atualmente e perspectivas

“Se cada ser é só um
E cada um com sua crença
Tudo é raro, nada é comum
Diversidade é a sentença

O mundo segue girando
Carente de amor e paz
Se cada cabeça é um mundo
Cada um é muito mais”
Lenine

Essa sequência de textos teve o objetivo analisar como o tema Diversidade vem sendo visto e trabalhado no Brasil, especificamente no mercado de trabalho, entendendo que a diversidade não se limita apenas nos recortes de raça, gênero, orientação sexual e pessoa com deficiência, mas que abarca o indivíduo como um todo. Empresas ao conseguirem trabalhar positivamente com a Diversidade, acolhendo e potencializando a rica distinção de culturas, habilidades, potencialidades, religiões, entre outras, que os diferentes colaboradores trazem consigo, podem agregar muito à suas práticas, contribuindo substancialmente para o sucesso dos seus negócios.

Existe uma gama variada de motivações que têm levado as empresas brasileiras a se preocuparem com a questão da Diversidade. As mais importantes relacionam-se com o crescimento dos movimentos sociais ligados a minorias, ocorrido no final dos anos 1980 e início dos anos 1990, e do apelo das matrizes americanas e europeias por programas de diversidade.

Apesar do surgimento dos programas de Diversidade nas empresas estarem associados aos riscos financeiros que elas passaram a enfrentar após a instauração das leis e medidas destinadas à proteção de segmentos sociais tradicionalmente excluídos do mercado de trabalho, esses programas estão se solidificando com o passar do tempo, incorporando-se à cultura das companhias.

Porém, ainda temos muito que caminhar. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Ethos, quanto mais alto o cargo de trabalho, menor a diversidade, a pesquisa analisou o perfil social, racial e de gênero das 500 maiores empresas do Brasil: as mulheres (51,12% da população brasileira, segundo o IBGE) têm vantagens nos cargos de estágio, ocupando 58,9% das vagas, mas vão perdendo representatividade, e quando chega à gerência, elas são 31,3%.

A sub-representação dos negros (população formada por pretos e pardos) é mais acentuada: desde o estágio, eles são a minoria: 28,8%. Nos cargos de gerência, são 6,3%. Esse dado está longe de refletir a sociedade brasileira, onde negros representam 56,2%, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).

O caminho para a diversidade e inclusão é longo, mas a sociedade civil também está engajada na missão, e que a garantia de direitos e de justiça é um caminho necessário e estratégico em nossa sociedade democrática.

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Foto de crianças e voluntários (adultos) na praia, com o texto "Notícias"